O universo já desapareceu

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Em algum momento vasculhou suas memórias. E eis que encontrou a si mesmo num triste episódio do passado.
Olhou-se nos olhos e sorriu para “o si mesmo” que sofria.
Pacificada essa memória no passado, tornou-se mais feliz no presente.
O anjo que hoje lhe socorre, é você mesmo no futuro. O momento presente, que você vive agora, é uma das memórias que ele carrega do passado.
Ao perdoá-las, volta para casa. Ao condená-las, lhes agenda repetição. Ao repeti-las, sustenta o universo. E nele tem uma causa para tudo, enquanto não quiser reconhecer-se como a causa de tudo que vê.
Uma estrela que hoje você vê no céu, pode já ter desaparecido há vários milênios. E você a vê agora como se ainda existisse.
O universo é como tal estrela: já desapareceu. E ainda é visível.
Mas não é visível por realmente existir. É visível porque sua mente o sustenta.
Assim como o tempo que você criou. Que é medido pela repetição de eventos, como o nascer e o pôr-do-sol. Mas que, embora não seja real, jamais vai deixar de existir, enquanto houver algo a perdoar. Daí a impressão de o universo ser eterno: por quanto tempo se quer adiar o perdão? Enquanto quiser adiá-lo, inúmeros milênios se farão disponíveis.
Isso pode lhe causar pavor caso tenha o pensamento cesarianista de que sua salvação vem de fora.
Ou pode dar-lhe força interior caso aceite o parto natural de sua consciência, reconhecendo que a sua salvação vem de si mesmo.
E que no fim, já está salvo, porque nunca esteve em perigo.
O amor que hoje cultiva em seu coração, me curou. No passado e no futuro.
E o meu maior sintoma desapareceu: o universo.
Agora que estou aqui para confortar-te, venho de tão longe, que já não pode me reconhecer.
Se me olhar agora, certamente não me reconhecerá a forma. Mas quando lembrar quem você é, certamente lembrará quem sou.


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